Joaquim
Maria Machado de Assis, menino pobre, afro-descendente, nasceu no Morro do
Livramento, na Cidade do Rio de Janeiro, em 21 de junho de 1839. Filho de
Francisco José de Assis, um mulato pintor de paredes; e de Dona Maria
Leopoldina Machado, portuguesa, nascida na Ilha de São Miguel nos Açores.
Os estudos, não teve oportunidade de
concluí-los, freguentando apenas as primeiras séries do ensino fundamental, que
abandonou para trabalhar com o pai. Cedo ficou órfão de mãe, sendo criado pela
madrasta, a lavadeira Dona Maria Inês.
Machado aprendeu latim com o padre
da Igreja da Lampadosa, onde foi coroinha. Aos 16 anos iniciou-se na carreira
literária, escrevendo o poema “Ela”, que foi publicado pela revista Marmota
Fluminense.
O interesse pelas letras motivou
Machado de Assis a frequentar as rodas literárias da Livraria Paula Brito e do
grupo de Caetano Filgueiras, que tinha como membros Casimiro de Abreu, Macedo
Junior e outros.
Com o auxílio desses parceiros,
Machado de Assis conseguiu uma vaga de aprendiz de tipografia na Imprensa
Nacional, na época dirigida pelo romancista Manuel Antonio de Almeida, que se
tornou protetor dele.
No ano de 1858, Machado de Assis foi
convidado para trabalhar como revisor de provas na tipografia do amigo Paula
Brito. Ele aceitou o convite e deixou a Imprensa Nacional.
As amizades conquistadas no universo
literário jamais o abandonaram. Até para se casar, Machado de Assis obteve a
ajuda desses amigos, pois se casou com Dona Carolina, irmã do poeta português e
seu amigo, Faustino Xavier de Novais. O casal fixou residência na Rua dos
Andradas e mais tarde, mudou-se para Rua Cosme Velho, número 18.
No ano de 1889, Machado de Assis foi
nomeado Diretor-Geral do Comércio do Ministério da Agricultura e em 1892,
Diretor-Geral da Viação.
A Academia Brasileira de Letras foi
fundada por Machado de Assis, juntamente com um grupo de intelectuais em 15 de
dezembro de 1896. Em 4 de janeiro de 1897, Machado de Assis foi eleito
presidente desse grêmio, cargo que ocupou até o último dia de sua vida.
Com a morte de Dona Carolina, em 1904,
Machado de Assis adoeceu, consumido pela saudade da companheira. Ele abandonou
as funções públicas e escreveu seu último livro “Memorial de Aires”.
No dia 29 de setembro de 1908, na
residência da Rua Cosme velho, número 18, morreu o homem, mas, imortalizou-se
na história da Literatura Brasileira o gênio Machado de Assis.
O Editor.
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